Azulejaria em Carne Viva series "Lingua com Padrão Sinuoso" 1998 (óleo sobre tela, poliuretano sobre madeira e alumínio) |
A alma em carne viva, sem entender muito bem, segue em sua jornada...
Tudo dói, tudo sangra.
E no silêncio se recolhe (e se encolhe).
A alma em carne viva não quer mais ouvir as vozes furiosas que devoram...
As frases confusas que enganam...
Os afetos que violentam na ignorância...
A alma em carne viva, dorme... Em escombros.
O Sagrado está morto.
O que de melhor havia, não era tão "melhor" assim...
"Ame-se."
A voz sem compaixão emite a ordem.
(Como se fosse a única verdade)
Todo o aprendizado estava errado?
A alma em carne viva, percebe-se na sombra...
De uma luz que nunca existiu.
Você, que desconhece a verdade.
que ama, mas que não é suficiente.
que dá o seu melhor, quando ainda é pouco.
que não basta, apesar do esforço:
"-- Ame-se!"
A alma em carne viva vaga...
Constrói castelos, cria estradas,
Mas ela, apesar de tudo, é apenas o que consegue ser...
E está cansada.
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