(...)
- Tá, tá bom. Eu vou te contar o porquê dessa loucura. Tem duas semanas eu tive um sonho muito doido. Sonhei que estava grávida e casada. Nunca sonhei isso. Aliás, sonhei. Mas eu era sempre "mãe solteira". (pausa) Eu estava no hall de um prédio. A entrada era toda branca, parecia mármore. Tinha uma porta de vidro com ornamentos em metal negro. Eu estava numa escada de corrimão dourado. Estava esperando o tal marido entrar. De repente ele entra. Nossa! Foi tão bom vê-lo! Ele usava jeans, tênis, uma camisa com blusão. Ah, ele também usava óculos. Não tinha o tipo físico dos caras com que eu me relaciono. Mas ainda sim, gostava dele. Ele veio correndo e beijou a minha barriga. Nossa, foi uma sensação estranhamente boa. Uma sensação de "minha família". Era mais que uma sensação de amor entre homem e mulher. Era uma sensação de "amo essa minha família", entende?
- Nossa, que doido!
- Não, mas o mais doido ainda está por vir! O caro do sonho.
- Hum?
- Eu nunca vi o cara do sonho antes. Mas ontem, sem querer, reconheci ele numa foto.
- Ah, normal. Você deve ter visto a foto dele antes e ficou na sua cabeça.
- Não. Você não está entendendo. Ele não é celebridade. Eu vi a foto dele por acaso!
- Que bizarro! Vai fazer o que agora? (risos)
- Sei lá. Se isso fosse um conto de Clarice Lispector, como ela resolveria?
- Ela faria a personagem ser atropelada ou então mandaria comer uma barata. (risos)
- (rindo) Para de palhaçada! Eu tô falado sério!
- Alô, Alice! Volta do país das maravilhas! Sério mesmo? Eu acho que você está lendo muita Clarice! Volta para o Kundera! Ou melhor, para de ler que como diria meu avô machista "a leitura bota muitas historinhas na cabeça das mulheres". (risos)
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Sobre o blog
Este blog é um esforço lúdico para (re)elaborar a experiência amorosa. O amor na música, na memória, no cinema, na literatura, ou no "acaso".
É aqui que eu planto o meu silêncio e vejo brotar arte.
É aqui que eu me reinvento e abro espaço para o novo chegar.
Futures amores, sejam bem-vindos!
Leia o Manifesto.
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