Tenho sono. Muito sono. Mas te digo: foi bom demais!
Ontem assisti ao espetáculo "Holoclownsto" da Troupp Pas d'argent. Fui com dois jovens, queridos amigos, que -- assim como eu -- são apaixonados por clown. O espetáculo foi uma aula. Eles reconheceram os elementos dessa arte que estudamos juntos: os jogos cênicos (espelho de gestos, ações em câmera lenta, movimentos repetidos), a interação com o público e a improvisação mediante os imprevistos.
Nos deliciamos, mas queríamos mais. Muito mais! Estávamos famintos de clown! Quando acabou, demos um suspiro longo e dissemos: -- Mas já?
Os artistas não apareceram para dar "tchau", nem para receber os aplausos... Talvez por uma escolha estética. Mas, mas... #mimimi! Saímos um pouco desolados, confesso. Somos "carentes" dessa delicadeza...
Voltamos mudos no carro. Depois que digerimos interiormente cada pedacinho que deliciamos, falamos de nossas impressões e estamos planejando voltar para assistirmos ao próximo espetáculo: "A cidade das donzelas".
Conclusão da noite: sou muito mais clown e filósofa do que imaginava... =)
Hoje as minhas mãos estão perfumadas de alegria. Abri a janela e decidi dividir a paisagem com as outras pessoas e, desde então, outras janelas se abriram, outras pessoas passaram a mirar o céu.
Dediquei um tempo para exercitar a delicadeza como um modo de transmutar a dor... Outras pessoas observaram a minha atitude e decidiram experimentar.
O exemplo arrasta... O exemplo inspira... O exemplo ensina... O exemplo transforma.
Faço tudo por amor e por vezes me assusto com o impacto que esses exemplos provocam no coração de cada um...
Eles só olharam os meus pés, mas já começaram lentamente a caminhar.
fonte:http://olhares.uol.com.br/pe-de-palhaco-foto3964460.html |
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