Carnaval de 2009. Solteira, na pista e percorrendo todos os blocos da Zona Sul.
Numa segunda-feira chuvosa, desci uma rua inteira da Urca, junto com centenas de foliões, cantando "Jesus Cristo". Eu não acreditava em milagres, mas naquele dia passei a acreditar.
Eu fui para aquele bloco sem levar fé, mas, após uma peregrinação ao som do bumbo e do tamborim, recebemos a graça da aparição: o Rei, Roberto Carlos, em carne, osso e perna mecânica!
Todos entoaram o mantra "Como é grande o meu amor por você..." e o Rei, tocado por tantas emoções, acenou da varanda do seu duplex. Aliás, ele não só acenou, como depois desceu, comprimentou os foliões, sambou e abençoou o estandarte do bloco "Exalta Rei". Foi lindo!
[Para os descrentes, a prova ]
Centenas de celulares e câmeras fotográficas registraram imagens do rei. Isso sem contar as inúmeras ligações emocionadas de filhos para pais repentindo o mesmo refrão: "-Pai, eu estou vendo o Rei!"
Depois dessa experiência descobri que o Rei Roberto conseguiu transcender ao status de "cafona" e hoje ocupa o trono de "cult-bacaninha", especialmente para as gerações entre os "vinte e muitos" e os "trinta e poucos".
Confesso: gosto do Rei. Não o "rei" das "mulheres gordinhas" e de "nossa senhora", mas o Rei "em ritmo de aventura", o rei de "cavalgada", o rei da fase jovem guarda, funk e soul e até da fase erótica-romântica. Gosto do naipe de metais que ele usa nas músicas dessa época. Gosto das guitarras distorcidas. Gosto das viradas da bateria. Gosto das letras - apesar de algumas vezes serem repetitivas.
Enfim, por essas e outras o Rei, Roberto Carlos, é o meu clássico "cafona" favorito. =)
[Como diria o facebook: "O Rei curtiu isso"] |
Minhas músicas prediletas:
Você não serve pra mim
Não há dinheiro no mundo que pague
Cavalgada
O portão
Cama e mesa
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