FUTUROS AMORES

Um blog sobre amor, arte e acaso.

15 de mai. de 2010

Era mãe.

Postado por Priscila |



[Gustav Klimt - HOPE II]

No meio da rua movimentada. Na sala repleta de gente. Durante a aula de yoga. A voz que intuia estava ali, falando sem parar.

Ela não estava sozinha. Ela não estava... A voz trazia o rosto de uma criança. Fechava os olhos, tentava dispersar a imagem, respirava fundo e se esforçava para continuar o que estava fazendo. Mas não adiantava. O rosto da pequenina sorrindo sempre aparecia e desaparecia dizendo: - Mãe! A paz que se instalava nesses pequeninos instantes transformava o medo em desejo de compromisso.

Dentro do quarto. No silêncio do banheiro. No vapor quente da cozinha. A palavra mãe ecoava dentro e fora de alguém que, até então, se sentia como o oco da criação.

E na dobra entre o sonho e a vida, tudo se torna possível. Era mãe. E ainda não havia percebido isso.

1 comentários:

Vanessa Souza disse...

Essa pintura é...

Faltou uma palavra adequada.